sexta-feira, 21 de junho de 2013

De protestos e maquiagens I

Finalmente pude testemunhar os protestos em Belém, ontem dia 20. Fiquei até o momento em que a polícia prendeu um grupo de oito pessoas que estavam barbarizando evento. Vinte e um anos depois de ganhar as ruas pelo impeachement do Collor, algumas coisas boas se repetiram, outras não vi e algumas novidades são completamente dispensáveis.
Dentre as últimas: a "Gang do Madruga", postada e tirando fotos como fossem celebridades bem na frente da estação do bondinho na Av. Portugal... Bombas e uma galera imitando o "pogo" punk, início das confusões que acabariam com a dispersão forçada da multidão. "N" conversas onde se constatava que a euforia da turba é contagiante, mesmo para quem não tinha mais nada o que fazer numa quinta a tarde. A falta de megafones onde propostas fossem massificadas e falas das lideranças pudessem identificar os motivos, as propostas, enfim, o cerne do que se protestava.
O ajuntamento humano é forte, é energia pura que dá pra sentir na pele. Cantar o hino nacional, lançar gritos de guerra e até dançar ao redor do fogo são imagens e ritos muito potentes... O surrão das razões, entretanto - ao meu ver - estava com pouquíssimo pão. O que alimentava de fato aquelas presenças e aquelas vozes? É preciso saber... Inequivocamente.
J.Mattos

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